O projeto urbano-paisagístico proposto para o Eixo Monumental de Maringá foi inspirado na história da cidade, na natureza local, na sua escala humana, que o torna singular, e no seu potencial sócio cultural para o mundo. Os monumentos existentes que pontuam os distintos espaços públicos ganham destaque e são incorporados na narrativa dos percursos peatonais e veiculares e também com a possível volta dos trilhos, através de um VLT. O projeto proposto reproduz no seu desenho desde o piso ao mobiliário, as características de Maringá como cidade de fronteira e de vanguarda, apropria-se do legado de seu patrimônio e incorpora sua inserção no cenário global. Compreende-se que a fragmentação dos distintos espaços públicos, que fundamenta a divisão por trechos, não permite uma forte identidade ao eixo urbano. O principal objetivo da proposta é costurá-los, a fim de criar uma unidade de linguagem na paisagem urbana, ainda que mantendo a autonomia e o funcionamento das quadras como parte da estratégia para o desenvolvimento da obra em fases. O conjunto urbano-paisagístico proposto constitui-se do mobiliário urbano, do novo plantio, de jardins de chuva e de locais oportunos para exposição de arte pública, além de maior conexão entre as ruas e as praças, com áreas para eventos, contemplação aos monumentos existentes e descanso. No plano vertical, os limites do eixo estão bem definidos pelas construções que o cercam; no entanto, propõe-se a locação de marcadores verticais- escultóricos, pontos de luz, aleias de árvores nativas e palmeiras que conectam os trechos e enfatizam essa ideia de continuidade entre os espaços públicos e criam uma identidade única ao eixo, embora cada trecho possua programas distintos, mas complementares.